Wednesday, September 13, 2006

Utilidade Pública

Você sabia que o governo brasileiro mantém um Portal, denominado CAPES, de acesso a diversos periódicos científicos nacionais e internacionais, GRATUITAMENTE? Através desse portal, qualquer estudante universitário ou mesmo profissionais das mais diversas áreas, seja ECONOMIA, DIREITO, PSICOLOGIA, COMPUTAÇÃO, ENGENHARIAS, ODONTOLOGIA, MEDICINA, (praticamente todos os segmentos), sem qualquer custo pode fazer pesquisas objetivando enriquecer suas monografias, mestrado, doutorado ou qualquer trabalho escolar. Observe que, sem esse portal, você teria que pagar em dólares, cerca de $ 1,99 a $20,00 por artigo pesquisado. INFELIZMENTE, devido à baixa procura por este site e o alto custo de sua manutenção pelo governo brasileiro, este poderá desativá-lo brevemente. Realmente a procura é muito baixa para a amplitude a que se propõe, isto porque o mesmo não é divulgado. A maioria dos estudantes universitários brasileiros e estudiosos desconhece a existência deste Portal que é uma fonte riquíssima de conhecimento cientifico. Ate hoje ele foi alvo de um seleto público. Quando deveria estar no dia a dia das faculdades brasileiras favorecendo a qualquer estudante nas suas pesquisas. Para que o mesmo continue ativo, divulgue-o junto a seus amigos e envie para faculdades e universidades de sua cidade. O endereço do portal CAPES é: http:/www.periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp

Síndrome do Pânico

Ataque de Pânico

O transtorno do pânico (TP) é uma síndrome caracterizada pela presença recorrente de ataques de pânico, definidas como crises espontâneas, súbitas, de mal-estar e sensação de perigo ou morte iminente, com múltiplos sintomas e sinais de alerta e hiperatividade autonômica, atingindo seu máximo, por definição, em cerca de dez minutos.
O tempo de duração da crise, no entanto, admite ainda discussões; alguns autores sugerem que o tempo possa ser maior, podendo durar até algumas horas em um número menor de pacientes.
Em alguns casos o termo pânico não se aplica à forma como muitos pacientes reagem às crises; isso pode ocorrer em função da pequena intensidade das crises ou da informação que o paciente tenha sobre sua doença.
O ataque de pânico não é, em si, uma entidade patológica e pode ocorrer isoladamente sem maiores repercussões em até 15% da população geral. Estes episódios isolados podem ocorrer em diversas situações: numa pessoa saudável após situação de extremo perigo, num indivíduo fóbico após exposição ao objeto ou situação fóbica, durante uso ou abstinência de drogas (cocaína, maconha, álcool), privação de sono prolongada, abuso de cafeína ou psico-estimulantes.
O ataque do pânico é definido (DSM-IV) como um episódio agudo de medo ou pavor acompanhado de pelo menos quatro dos sintomas somáticos ou cognitivos relacionados abaixo:
1. Palpitações ou taquicardia;
2. Sudorese;
3. Tremores ou abalos;
4. Sensação de falta de ar ou sufocamento;
5. Sensação de asfixia;
6. Dor ou desconforto torácico;
7. Náusea ou desconforto abdominal;
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio;
9. Sensação de desrealização ou despersonalização;
10. Medo de perder o controle ou enlouquecer;
11. Medo de morrer;
12. Parestesias;
13. Calafrios e ondas de calor.

Após o ataque ou crise de pânico o indivíduo experimenta uma sensação de cansaço, fraqueza e extremo relaxamento, alguns pacientes se descrevem como uma "bateria descarregada" após um grande esforço. Podem dormir um pouco, ficar prostrados durante um tempo ou sentir-se extremamente envergonhados por demonstrarem sua "fraqueza" diante de outros.
Indivíduos que têm síndrome do pânico não apresentam sintomas neurológicos relacionados ao quadro e todos exames complementares, inclusive o EEG é normal.

Apesar de extensos estudos, a neurobiologia dos ataques de pânico ainda não está bem estabelecida. No caso dos ataques de pânico com fatores desencadeantes, sugere-se que o pânico seja uma resposta exacerbada de luta e fuga.
Os ataques de pânico espontâneos têm sido explicados como alterações nos sistemas orgânicos de alarme, respostas biológicas de fuga e luta sem uma ameaça externa ou erros na interpretação de estímulos internos como taquicardia ou falta de ar. Drogas ou situações que podem desencadear crises de pânico sugerem que exista um padrão no qual sistemas serotoninérgico, noradrenérgico, GABAérgico e respiratórios estão envolvidos.
Particularmente as vias serotoninérgicas têm ganho grande destaque devido à eficácia das drogas serotoninérgicas no tratamento dos transtornos de ansiedade incluindo o TP, bem como a pouca resposta do quadro a drogas noradrenérgicas.
Para alguns autores de orientação psicanalítica, os ataques de pânico raramente são espontâneos e uma busca mais apurada encontra "gatilhos" psicológicos que disparam as crises. Do ponto de vista psicodinâmico, alguns dos aspectos têm sido mais estudados e estão resumidos abaixo:
1. Dificuldade para tolerar raiva;
2. Separações físicas ou emocionais de pessoas importantes tanto na infância como na idade adulta;
3. Pânico pode ser desencadeado por aumento de responsabilidade no trabalho;
4. Perceber os pais como autoritários, críticos e controladores;
5. Relato de abuso sexual.

Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial é fundamental no tratamento de TP. O TP deve ser diferenciado de diversas doenças clínicas ou psiquiátricas que podem apresentar sintomatologia semelhante. Ataques de pânico podem ocorrer em doenças como:
1. Hipo ou hipertireoidismo;
2. Hiperparatireoidismo;
3. Feocromocitoma;
4. Crises epiléticas parciais;
5. Doenças vestibulares;
6. Neoplasias;
7. Arritmias cardíacas;
8. Asma e abuso de medicações broncodilatadores;
9. Uso e abstinência de drogas.

Tratamento:
A TCC pode ser usada isoladamente em casos mais leves ou em associação ao tratamento farmacológico com bons resultados. Mais recentemente, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) demonstraram boa eficácia no tratamento do TP e foram ocupando papel de destaque.

Fonte: Revista Brasileira de Medicina. Vol 58, Num 7, Julho/2001Síndrome do Pânico - Alberto Stoppe Júnior, Táki Athanássios Cordás

Sunday, September 10, 2006

Borboletas

Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando...
Mas uma coisa parece estar sempre presente:
A busca pela felicidade com o amor da sua vida...
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele cara que você gosta (ou acha q gosta), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava Procurando por vc!!!"
Mario Quintana
Fonte: e-mail enviado pelo amigo Laerte G. C.

Saturday, September 09, 2006

O que é nosso corpo? Qual sua essência?

Busto de Aristóteles no museu do Louvre em Paris (França).
Aristóteles é considerado o "pai" da metafísica.
A física dirá que é um agregado de átomos, uma certa massa e energia, que funciona de acordo com as leis gerais da Natureza. A química dirá que é feito de moléculas de água, oxigênio, carbono, de enzimas e proteínas, funcionando como qualquer outro corpo químico. A biologia dirá que é um organismo vivo, um indivíduo membro de uma espécie (animal, mamífero, vertebrado, bípede), capaz de adaptar-se ao meio ambiente por operações e funções internas, dotado de um código genético hereditário, que se reproduz sexualmente. A psicologia dirá que é um feixe de carne, músculos, ossos, que formam aparelhos receptores de estímulos externos e internos e aparelhos emissores de respostas internas e externas a tais estímulos, capaz de ter comportamentos observáveis.
Todas essas respostas dizem que nosso corpo é uma coisa entre as coisas, uma máquina receptiva e ativa que pode ser explicada por relações de causa e efeito, suas operações são observáveis direta ou indiretamente – podendo ser examinado em seus mínimos detalhes nos laboratórios, classificado e conhecido. Nosso corpo, como qualquer coisa, é um objeto de conhecimento.
Porém, será isso o corpo que é nosso?
Meu corpo é um ser visível no meio dos outros seres visíveis, mas que tem a peculiaridade de ser um visível vidente: vejo, além de ser visto. Não só isso. Posso me ver, sou visível para mim mesmo. E posso me ver vendo.
Meu corpo é um ser táctil como os outros corpos, podendo ser tocado. Mas também tem o poder de tocar, é tocante; e é capaz de tocar-se, como quando minha mão direita toca a esquerda e já não sabemos quem toca e quem é tocado.
Meu corpo é sonoro como outros corpos, como os cristais e os metais; pode ser ouvido. Mas tem o poder de ouvir. Mais do que isso, pode fazer-se ouvir e pode ouvir-se quando emite sons. Do fundo da garganta, passando pela língua e pelos dentes, com os movimentos de meus lábios transformo a sonoridade em sentido, dizendo palavras. Ouço-me falando e ouço quem me fala. Sou sonoro para mim mesmo.
Meu corpo estende a mão e toca outra mão em outro corpo, vê um olhar, percebe uma fisionomia, escuta uma outra voz: sei que diante de mim está um corpo que é meu outro, um outro humano habitado por consciência e eu o sei porque me fala e, como eu, seu corpo produz palavras, sentido.
Visível-vidente, táctil-tocante, sonoro-ouvinte/falante, meu corpo se vê vendo, se toca tocando, se escuta escutando e falando. Meu corpo não é coisa, não é máquina, não é feixe de ossos, músculos e sangue, não é uma rede de causas e efeitos, não é um receptáculo para uma alma ou para uma consciência: é meu modo fundamental de ser e de estar no mundo, de me relacionar com ele e dele se relacionar comigo. Meu corpo é um sensível que sente e se sente, que se sabe sentir e se sentindo. É uma interioridade exteriorizada e uma exterioridade interiorizada. É esse o ser ou a essência do meu corpo. Meu corpo tem, como todos os entes, uma dimensão metafísica ou ontológica.
A nova ontologia parte da afirmação de que estamos no mundo e de que o mundo é mais velho do que nós (isto é, não esperou o sujeito do conhecimento para existir), mas, simultaneamente, de que somos capazes de dar sentido ao mundo, conhecê-lo e transformá-lo.
Não somos uma consciência reflexiva pura, mas uma consciência encarnada num corpo. Nosso corpo não é apenas uma coisa natural, tal como a física, a biologia e a psicologia o estudam, mas é um corpo humano, isto é, habitado e animado por uma consciência. Não somos pensamento puro, pois somos um corpo. Não somos uma coisa natural, pois somos uma consciência.
O mundo não é um conjunto de coisas e fatos estudados pelas ciências segundo relações de causa e efeito e leis naturais. Além do mundo como conjunto racional de fatos científicos, há o mundo como lugar onde vivemos com os outros e rodeados pelas coisas, um mundo qualitativo de cores, sons, odores, figuras, fisionomias, obstáculos, um mundo afetivo de pessoas, lugares, lembranças, promessas, esperanças, conflitos, lutas.
Somos seres temporais – nascemos e temos consciência da morte. Somos seres intersubjetivos – vivemos na companhia dos outros. Somos seres culturais – criamos a linguagem, o trabalho, a sociedade, a religião, a política, a ética, as artes e as técnicas, a filosofia e as ciências.
O que é, pois, a realidade? É justamente a existência do mundo material, natural, ideal, cultural e a nossa existência nele. A realidade é o campo formado por seres ou entes diferenciados e relacionados entre si, que possuem sentido em si mesmos e que também recebem de nós outros e novos sentidos. A realidade ou o Ser não é o Objeto-Coisa, sem a consciência. Mas, também, não é o Sujeito-Consciência, sem as coisas e os outros. A realidade ou o Ser é o cruzamento e a diferenciação entre o sensível e o inteligível, entre o material-natural e o ideal-cultural, entre o qualitativo e o quantitativo, entre o fato e o sentido, entre o psíquico e o corporal, etc.
Perguntas, perguntas, perguntas ... Como sabemos que certas coisas por mais que mudem continuam as mesmas coisas? Por que que as pessoas por mais diferentes que sejam têm idéias e conceitos em comum? Como sabemos que uma coisa é uma coisa? O que é uma coisa? E um objeto?
Todas estas perguntas fazem parte do campo da metafísica, e sua questão fundamental é: O que é? Este "é" pode ser definido tanto como existir como essência daquilo que existe. A metafísica investiga os fundamentos, as causas e o ser íntimo de todas as coisas.
A metafísica contemporânea é chamada de Ontologia. Esta derruba todos os conceitos anteriormente propostos considerando agora objeto da metafísica a relação mundo - homem. Ela investiga os diferentes modos de como os seres existem. Ela investiga a essência dos seres. Ela investiga a relação necessária entre existência e essência dos entes e do modo como aparecem para nossa consciência. Procura descrever as estruturas do mundo e do nosso pensamento. Os entes ou seres antes que sejam investigados pelas ciências, e depois que se tornaram enigmáticos para nossa vida cotidiana. Em outras palavras, os entes ou os seres antes de serem transformados em conceitos das ciências e depois que nossa experiência cotidiana sofreu o espanto, a admiração e o estranhamento de que eles sejam como nos parecem ser, ou não sejam o que nos parecem ser.
A ontologia estuda as essências antes que sejam fatos da ciência explicativa e depois que se tornaram estranhas para nós.
Digo, por exemplo, “Vejo esta casa vermelha, próxima da azul”. A ontologia indaga: O que é ver, qual a essência da visão? O que é uma casa ou qual a essência da habitação? Que é vermelho ou azul ou qual é a essência da cor? Que é ver cores? O que é a cor?
Pergunto, por exemplo, “Que horas são?”. A ontologia indaga: O que é o tempo? Qual a essência da temporalidade?
Pedro fala: “A cidade já está perto”. A ontologia indaga: O que é o espaço? Qual é a essência da espacialidade? Que é perto e longe? Que é distância?
Antônio diz a Paulo: “Aquelas duas árvores são idênticas, mas a terceira é diferente”. A ontologia indaga: O que é identidade? E a diferença? O que é “duas” e “terceira”? Ou seja, o que é o número?
Ana me diz: “Ouvi uma música belíssima, não essa coisa feia que você está escutando”. A ontologia indaga: O que é a beleza e a feiúra? Existem o belo em si e o feio em si, ou beleza e feiúra são avaliações e valores que atribuímos às coisas? O que é um valor?
Cecília conta a Joana: “Pedro realizou um ato generoso, protegendo a criança, mas Eugênia foi egoísta ao não ajudá-lo”. A ontologia indaga: O que é a generosidade ou o egoísmo? Existem em si e por si mesmos ou são avaliações que fazemos das ações humanas? O que é uma virtude? O que é um vício? O que é um valor?
Como se observa, a ontologia investiga a essência ou sentido do ente físico ou natural, do ente psíquico, lógico, matemático, estético, ético, temporal, espacial, etc. Investiga as diferenças e as relações entre eles, seu modo próprio de existir, sua origem, sua finalidade. O que é o mundo? O que é o eu ou a consciência? O que é o corpo? O que é o outro? O que é o espaço-tempo? O que é a linguagem? O que é o trabalho? A religião? A arte? A sociedade? A história? A morte? O infinito? Eis as questões da ontologia.
Recupera-se, assim, a velha questão filosófica: “O que é isto que é?”, mas acrescida de nova questão: “Para quem é isto que é?”. Volta-se, pois, a buscar o to on, o Ser ou a essência das coisas, dos atos, dos valores humanos, da vida e da morte, do infinito e do finito. A pergunta “O que é isto que é?” refere-se ao modo de ser dos entes naturais, artificiais, ideais e humanos; a pergunta “Para quem é isto que é?” refere-se ao sentido ou à significação desses entes.
Tomemos um exemplo para nos ajudar a compreender o modo de pensar da ontologia. Acompanhemos, brevemente, o estudo de Merleau-Ponty sobre a essência ou o ser do tempo e a essência ou o ser do nosso corpo.
O que é o tempo?
Estamos acostumados a considerar o tempo como uma linha reta, feita da sucessão de instantes, ou como uma sucessão de “agoras” – um “agora” que já foi é o passado, o “agora” que está sendo é o presente, um “agora” que virá é o futuro.
A metafísica realista usa, freqüentemente, a imagem do rio para representar o tempo como algo que passa sem cessar: a nascente é o passado, o lugar onde me encontro é o presente, a foz é o futuro. Há dois enganos nessa imagem. Em primeiro lugar, trata-se de uma imagem espacial para referir-se ao que é temporal, isto é, pretende explicar a essência do tempo (o escoamento) usando a essência do espaço (a sucessão de pontos). Em segundo lugar, a imagem do rio não corresponde ao escoamento do tempo. Para que correspondesse, precisaria estar invertida, pois a água que está na nascente é aquela que ainda não passou pelo lugar onde estou e, portanto, ela é, para mim, o futuro e não o passado; a água que está na foz é aquela que já passou pelo lugar onde estou e, portanto, para mim, é o passado e não o futuro.
Tentando evitar os enganos do realismo, a metafísica idealista dirá que o tempo é a forma do sentido interno, isto é, uma forma criada pelo sujeito do conhecimento ou pela consciência reflexiva para organizar a experiência subjetiva da sucessão. O tempo não existe, mas é uma identidade produzida pela razão, um conceito subjetivo para estruturar o que é experimentado como sucessivo.
Um novo engano acaba de ser cometido. Se o tempo for uma forma ou um conceito produzido pela consciência reflexiva ou pelo sujeito para organizar a sucessão, não haverá sucessão a organizar, pois a consciência reflexiva ou o sujeito do conhecimento opera sempre e exclusivamente com o que é atual, com o que está dado presentemente ao pensamento. Para a reflexão só existe a simultaneidade e a sucessão se reduz a uma experiência psicológica ou empírica, ao sentimento de que há um “antes” e um “depois”, tais palavras indicando o modo como nos referimos à lembranças e expectativas pessoais.
Indaguemos, porém, o que é vivenciar o próprio tempo.
Quando vivencio o meu presente, ele se apresenta como uma situação na qual sinto, faço, digo, penso coisas, atuo de várias maneiras e tenho experiência de uma situação aberta, isto é, na qual muitas coisas são possíveis para mim, muitas coisas podem acontecer. Quando rememoro meu passado, percebo que entre ele e o meu presente há uma diferença: quando ele era o meu presente, também estava aberto a muitas possibilidades, mas somente algumas se realizaram. Por isso, o passado lembrado não é uma situação aberta como o presente, mas fechada, terminada. Assim, meu passado não é simplesmente o que veio antes do meu presente, mas algo qualitativamente diferente do presente: este é aberto, aquele, fechado.
Quando imagino meu futuro, antevejo, a partir das possibilidades abertas em meu presente, como seria se certas possibilidades se concretizassem e se outras não se realizassem. Meu futuro não é simplesmente o que vem depois do meu presente, mas algo qualitativamente diferente do presente: é o que poderá ser, se as aberturas do meu presente se concretizarem e, portanto, se o que, hoje, está aberto ou em suspenso, estiver, amanhã, fechado e realizado.
Meu passado e meu futuro nunca são os mesmos. Cada vez que me lembro do meu passado, eu o faço a partir do meu presente e, cada vez, este é diferente, fazendo-me recordar de maneiras diversas o que passou. Cada vez que imagino meu futuro, eu o faço a partir de meu presente, que, sendo sempre diferente, imagina diferentemente o futuro. Não revivo o passado, mas o rememoro tal como sou hoje em meu presente. Não vivo o meu futuro, mas o imagino tal como sou hoje em meu presente. O presente é uma contração temporal que arranca o passado do esquecimento e abre o futuro para o possível. O passado e o futuro são dilatações temporais, distorções do presente.
Que é lembrar? É captar no contínuo temporal uma diferença real entre o que estou vivendo no presente e o que estou vivenciando do passado. Que é esquecer? É perder a fisionomia ou o relevo de um momento do passado. Que é esperar? É buscar no contínuo temporal uma diferença possível entre o que estou vivendo e o que estou vivenciando do futuro.
O que é o tempo?
Em primeiro lugar, é um escoamento interno e externo, um fluir contínuo, que vai produzindo diferenças dentro de si mesmo. Em segundo lugar, é uma contração e uma dilatação de si mesmo, um juntar-se a si mesmo e consigo mesmo (na lembrança) e um expandir-se a si mesmo e consigo mesmo (na esperança). O tempo é a produção da identidade e da diferença consigo mesmo e, nesse sentido, é uma dimensão do meu ser (não estou no tempo, mas sou temporal) e uma dimensão de todos os entes (não estão no tempo, mas são temporais).
O tempo não é um receptáculo de instantes, não é uma linha de momentos sucessivos, não é a distância entre um “agora”, um “antes” e um “depois”, mas é o movimento interno dos entes para reunirem-se consigo mesmos (o presente como centro que busca o passado e o futuro) e para se diferenciarem de si mesmos (o presente como diferença qualitativa em face do passado e do futuro). O Ser é tempo.
Assim é a metafísica, procurando sempre a explicação do ser, tenta esclarecer as noções de como as pessoas entendem o mundo, incluindo a existência e a natureza do relacionamento entre objetos e suas propriedades, espaço, tempo, causalidade, e possibilidade.
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Por que uma coisa pode mudar e, no entanto, conservar sua identidade individual, de tal maneira que podemos dizer que é a mesma coisa, ainda que a vejamos diferente do que fora antes? Como sabemos que uma determinada roseira é a mesma que, no ano passado, não passava de um ramo com poucas folhas e sem flor? Como sabemos que Paulo, hoje adulto, é o mesmo Paulo que conhecemos criança?
Por que sinto que sei que sou diferente das coisas? Porém, por que também sinto que sei que um outro corpo, diferente e semelhante do meu, não é uma coisa, mas um alguém?
Por que eu e o outro podemos ver de modo diferente, sentir e gostar de modo diferente, discordar sobre tantas coisas, fazer coisas diferentes e, no entanto, ambos admitimos, sem sombra de dúvida, que um triângulo, o número 5, o círculo, os arcos do palácio da Alvorada, ou as pirâmides do Egito são exatamente as mesmas coisas para ele e para mim?
O que é uma coisa? E um objeto? O que é a subjetividade?
Apresento-lhes a metafísica!!!!
Fonte: Compilado de textos da internet.

A CONSTRUÇÃO DO CORPO E SEUS DESTINOS

“Suportar as verdades desnudadas, e enfrentar as circunstâncias com calma absoluta, eis o ápice da soberania.”
Ernst Jones
No reino animal, o ser humano constitui a espécie que apresenta o maior grau de complexidade na escala evolutiva. Ele ocupa uma posição especial na natureza, tem sua inteligência e sua capacidade de raciocínio desenvolvidas, faz uso da linguagem articulada e é o que nasce em maior estado de desamparo e dependência. Por causa dessa dependência, o bebê humano precisará, desde o primeiro momento de vida, de cuidado e proteção. Esses virão pela relação do bebê com um adulto, mais especificamente com a mãe, com quem será estabelecida uma importante relação afetiva. A alimentação e os cuidados com o corpo do bebê serão os elementos responsáveis pelas suas primeiras experiências de prazer e desprazer.Aconchegado no colo materno e levado ao seio para se alimentar, mais que saciada a fome, ele experimentará um momento pleno de satisfação que, a partir de então, tentará repetir inúmeras vezes, contudo sem jamais consegui-lo. Aquele primeiro momento único é irremediavelmente perdido é denominado por Freud de primeira experiência de satisfação.A privação, oriunda dessa experiência, marca-o então com falta, a incompletude e abre as portas do desejo humano. Ele tentará reviver essa primeira vivência de satisfação por meio de alucinação. Dessa forma instaura-se a matriz do psiquismo humano, cuja evolução e desenvolvimento serão sempre marcados por percalços e vicissitudes.É na lida com o filho que a mãe, pelo ritual de amamentação, higiene, limpeza, carinho e brincadeiras, começará a marcar, a pontuar o corpo da criança, dando suporte ao desenvolvimento psicossexual, que resultará, entre outras coisas, na constituição do corpo erógeno.Corpo erógeno é o corpo investido libidinalmente, sabendo-se que a libido é a energia da pulsão sexual.O desenvolvimento psicossexual humano se dá no entrelaçamento das fases oral, anal, fálica e genital, havendo uma predominância na organização da libido, característica a cada uma delas. (É importante não considerar esse acontecimento como uma sucessão gradativa e rígida, onde as etapas seriam excludentes umas das outras.) Nesse movimento constitutivo, a relação com a mãe é da maior importância, porque é ela quem fornece ao filho informações que permitirão a construção, pela criança, da imagem e percepção de si mesma. As palavras ou os significantes virão sempre carregados de conotação (fornecidas e interpretadas pela mãe e pela criança).Na seqüência evolutiva do desenvolvimento psíquico da criança, alguns momentos se destacam pela importância de suas conseqüências. A capacidade de representação, adquirida com a aquisição da linguagem e do pensamento, é um desses momentos.A criança aprende a representar o que vê em imagens e o que ouve em palavras. A representação do que é visto é registrada em imagens; quando esses registros acontecem muito precocemente são denominados de traço mnésico, que posteriormente poderão se articular com representação de palavras.A possibilidade para a criança de representar psiquicamente o que vê e o que ouve lhe permitirá a conquista consecutiva da simbolização. A simbolização é a representação indireta de uma idéia, de um pensamento, de um desejo. É a aquisição dessa possibilidade que permitirá ao ser humano, entre outras coisas, lidar com a angústia por meio de representantes simbólicos que a abrandem ou dissipem. Exemplificando, se a presença materna significa amparo e proteção, sua ausência mergulha o bebê em angústia. Ele, então, inventa um representante ou substituto para sua mãe, com que lidará para aplacar sua angústia na falta dela. Winnicott, psicanalista e pediatra inglês, denomina essa primeira criação infantil de "objeto transicional". A chupeta, a ponta do dedo, a beiradinha da fronha, a dobrinha do cobertor, com as quais a criança se apega para dormir, constituem a representação simbólica da ausência da mãe.Para que ocorra essa substituição, é feita uma passagem que implica em um deslocamento e uma metáfora. Adquirida essa capacidade, deslocamentos e condensações, metáforas e metonímias serão recursos sempre utilizados para lidar com a angústia e os conflitos psíquicos. Os sintomas neuróticos serão oriundos desse movimento. Nesse sentido, portanto, a neurose é uma conquista positiva, constituindo-se em uma saída na luta do conflito psíquico. O maior ou menor grau de sucesso nessas passagens serão responsáveis pela melhor ou pior resposta do indivíduo em seu comportamento e em sua relação com as pessoas e com a vida.
Fonte: Uma visão Psicanalítica, Yara Dalva Simão.

Friday, September 08, 2006

ohhhhh meu Brasil!!!

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Será que tem solução???

Paixão X Razão

Há alguma relação entre paixão e razão???
Definitivamente, acho q ñññññ...
Comente.

CITAÇÃO: Aprendi


"Que crescer não significa fazer aniversário.
Que o silêncio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem.
Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro.
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos.
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim.
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face.
Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela.
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada.
Que a Natureza é a coisa mais bela na Vida.
Que amar significa se dar por inteiro.
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos.
Que se pode conversar com estrelas.
Que se pode confessar com a Lua.
Que se pode viajar além do infinito.
Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde.
Que dar um carinho também faz...
Que sonhar é preciso.
Que se deve ser criança a vida toda.
Que nosso ser é livre.
Que Deus não proíbe nada em nome do amor.
Que o julgamento alheio não é importante.
Que o que realmente importa é a Paz interior. "

(Herman Melville)

E vc, o q aprendeu?

Thursday, September 07, 2006

CLEV na UPF!!!!

Apresento-lhes um pouco sobre os programas de intercâmbio que são oferecidos pela IFMSA (International Federation of Medical Students’ Association) através da DENEM (Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina) pelas suas coordenarorias, CEV (Coordenação de Estágios e Vivências) e CLEV (Coordenação Local de Estágios de Vivências), esta tendo como membro coordenador a pessoa que vos escreve. Oportunidade disponibilizada a todo estudante de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF) através do Diretório Acadêmico Dr. Sabino Arias (DADSA).
A IFMSA é um órgão independente, não político e não governamental. Foi fundada em 1951 e é reconhecida oficialmente pela ONU e OMS. O objetivo básico da IFMSA, além de representar os estudantes de medicina em todo o mundo, é de aumentar os laços de cooperação internacional.
PROGRAMAS DE INTERCÂMBIO INTERNACIONAL:
SCOME (Standing Committee on Medical Education):
Voltado para a discussão do ensino médico.Organiza workshops e reuniões internacionais visando melhorar o ensino médico, além de oferecer a oportunidade do estudante fazer intercâmbio em instituições com métodos pedagógicos diferentes, como o PBL e outros.

SCOPH (Standing Committee on Public Health):
Grandes projetos na área de Saúde Pública ao redor do mundo.O programa mantém fortes relações com outras organizações não governamentais, como OMS, UNICEF, etc.Está muito relacionado a projetos assistenciais e de extensão a populações carentes. Participa de campanhas de vacinação, saneamento, educação e alimentação.

SCORA (Standing Committee on Reproduction and Aids):
Projetos nacionais e internacionais que norteiam a promoção de saúde reprodutiva.Objetivo: aumentar o conhecimento dentre os estudantes de medicina sobreassuntos associados à educação sexual, planejamento familiar, violência sexual, reprodução humana, igualdade de gêneros, AIDS e DSTs.

SCORP (Standing Committee on Refugees and Peace):
Preocupa-se com os problemas e necessidades dos refugiados, imigrantes e outros grupos vulneráveis em extremo risco de perderem a saúde e terem seus direitos humanos violados.Trabalha em prol da prevenção de conflitos e das outras razões que transformam pessoas em refugiados.

NBC (Núcleo Brasil Cuba)
O NBC é um programa de intercâmbio entre Brasil e Cuba, com a proposta de proporcionar aos acadêmicos de medicina de ambos os países a oportunidade de conhecer os sistemas de saúde do país anfitrião em todos os seus níveis de estruturação. É resultante de uma parceria entre a DENEM e a FEU (Federação Estudantil Universitária de Cuba
SCORE (Standing Committee on Research Exchange):
Possibilita a oportunidade de participação em laboratórios e pesquisas clínicas e básicas em outros países.O estudante fica sob os cuidados de um tutor e será integrado ao trabalho que esse tutor já desenvolve e o acompanhará em suas diversas atividades.Todos os alunos do 1º ao 6º ano podem participar (dependendo do projeto).Duram de 4 a 6 semanas e exige-se freqüência mínima de 75%.Para escolher um projeto de pesquisa: no site da IFMSA (www.ifmsa.net/public) existe um banco de dados com detalhes sobre cada um dos projetos oferecidos, o período, os pré-requisitos exigidos, os objetivos e as atividades que o aluno deverá realizar durante o estágio.Existe uma seleção nacional por critério de pontuação.

SCOPE (Standing Committee on Professional Exchange):
Intercâmbio de prática médica.6.000 estudantes por ano.Existe uma seleção nacional por critério de pontuação.O aluno escolhe o país e o departamento dos hospitais onde deseja realizar um estágio voltado para a clínica médica ou cirurgia e participa das atividades do departamento, acompanhado por tutor.É critério do lugar possibilitar a atividade de prática médica ou apenas observação por parte do aluno.Exige-se freqüência mínima de 75% nas atividades, caso contrário o aluno não receberá o certificado.Duração: 4 semanasImportante observar as condições de intercâmbio de cada faculdade/país.Mais informações: www.ifmsa.net/public

SELEÇÃO PARA O SCOPE E O SCORE:
A seleção se baseia em critérios de pontuação, numa tentativa de dar oportunidades iguais a todos os estudantes, mas valorizando a participação em atividades extra-curriculares - estágios, monitorias, participação no Centro Acadêmico ou na Atlética, em trabalhos comunitários, etc. (comprovados por certificados oferecidos pelo CAAL, AAAAL, departamentos, ligas, etc).
Caso o estágio seja selecionado pelo Coordenador Nacional do Brasil, o estudante deverá pagar uma taxa de 80 euros para a confirmação do interesse. Com a aceitação da faculdade escolhida pelo intercambista é cobrada uma outra taxa de 80 euros para que seja mandada a carta de aceitação para o estudante e se concretize o intercâmbio. A passagem aérea também é por conta do próprio estudante.
Já o alojamento e as refeições, durante todo o período do estágio, serão fornecidos pela associação de estudantes do país anfitrião.
Para conhecer os países que participam do programa de intercâmbio profissional da IFMSA (estágio em hospital) e as condições que esses países exigem para receber estudantes (como datas e departamentos disponíveis, certificados de língua estrangeira, seguro de saúde, etc) acesse o site www.ifmsa.net/public e no link Professional Exchange Exchange Conditions procure o país de interesse.
Maiores informações, editais e temas sobre educação médica estão disponíveis no link abaixo, (disco virtual criado por mim para armazenar textos de interesse aos acadêmicos de Medicina da UPF):
senha: clevupf
Jhonatan L. Presotto
Coord. do Movimento Estudantil - DADSA/UPF
Coord Local de Estágios de Vivências - CLEV/DENEM
"Faça da sua vida um baseado: enrole os problemas; acenda as boas idéias; trague felicidades; prenda alegrias; solte tristezas e aproveite até a última ponta..."

O que é isso meu Deus???

Com certeza o povo tem a sua parcela de culpa!!!
Nas próximas eleições, vota consciente, não venda a oportunidade de organizar o país decidindo quem deve e quem não deve governar o Brasil.

Foto: Fotomania.

CITAÇÃO: Dalai Lama

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SER E SOMENTE SER...




SER, SOMENTE SER E MAIS NADA,
TER, SOMENTE TER E MAIS NADA,
SORRIR, SOMENTE SORRIR E NUNCA INVENTAR UM PIADA,
CANTAR, SOMENTE CANTAR AS MÚSICAS DOS OUTROS E NUNCA A PRÓPRIA.

SER, SER FORTE PARA MUDAR,
TER, TER CORAGEM PARA MUDAR,
SORRIR, SORRIR QUANDO ALGUÉM TE FAZ FELIZ,
CANTAR, CANTAR TAMBÉM A HISTÓRIA DE TUA LUTA.

SER, SER TRISTE HOJE E LUTAR PELA FELICIDADE AMANHÃ,
TER, TER DOR HOJE E ALÍVIO AMANHÃ PELA SUAS CONQUISTAS,
SORRIR, SORRIR LEMBRANDO DA LÁGRIMA DE ONTEM,
CANTAR, CANTAR A BELEZA DE ESTAR CONQUISTANDO TUDO SEM PERDER A MELODIA.

SER, SER ALGUÉM PARA ALGUÉM,
TER, TER CORAGEM DE SER VOCÊ PRÓPRIO,
SORRIR, SORRIR SEM CESSAR, SEM PARAR, SER TER FIM.
CANTAR, POR QUE CANTAR É SIMPLESMENTE CANTAR E MAIS NADA

Jander H. Almeida